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Resenha/Critica Literaria - JC


   Sobre o livro

   Título Original: Ninguém nasce herói
   Autora: Eric Novello
   Páginas: 380
   Editora: Seguinte

   O Brasil já não é um país acolhedor e sorridente, hoje o país verde e amarelo olha para baixo com medo. O que um dia foi pais era colorido e étnico, mas hoje olha por cima dos ombros com medo de estar sendo perseguido por algum maníaco. Hoje existe um pais fundamentalista que não tolera minorias – gays, lésbicas, transexuais, travestis, negros, praticantes de outras religiões que não cristã.
E tudo isso piorou quando a população elegeu para presidente um político com nome de “Escolhido”, um homem que mergulhou o Brasil numa república de ódio e opressão.
Capa Do Livro
“O Brasil começou a se tornar um país fundamentalista muito antes do Escolhido se candidatar à presidência. Quando ele era apenas um deputado bagunceiro a Comissão de Direitos Humanos, todo mundo falou: ‘Uma hora esse cara desaparece’. Quando ele assumiu a presidência da Câmara dos Deputados, todo mundo falou: ‘Exposto dessa maneira, logo ele será investigado e desaparece’. Quando ele comandou a votação para acabar com os antigos direitos trabalhistas, todo mundo disse: ‘Nem o partido dele vai apoiar isso, logo ele some, desaparece’. Quando impôs o Estatuto da Família, todo mundo falou: ‘Isso é só para aparecer, logo ele desaparece’. E assim, servindo aos propósitos daqueles que o financiavam, ele se tornou presidente.”
   Na cinzenta São Paulo, acompanhamos Chuvisco, um jovem recém formado que começou a carreira de tradutor. Chuvisco age a margem da lei entrando juntos de dois amigos livros de conteúdo fictícios underground – vampiros, lobisomens, pessoas com poderes paranormais. Toda vez que ele consegue distribuir um livro é uma pequena vitória.

   Considerado com o dia ganho Chuvisco se encontra com o seu grupo de amigos bem diversos – LGBTTQ, negros e praticantes de outros dogmas não cristãos. O autor abre espaço para outros personagens importantes que compõe o principal – tem o doutor Charles (falaremos dele no próximo parágrafo), Cael – aspirante a ator e Amanda, irmã de Cael e confidente de Chuvisco.
   Desde criança, Chuvisco sofre com o problema de catarses criativas. Seu cérebro cria coisas que pode não existir – como poderes de super-força, agilidade, objetos inanimados ganham vida. Então seus pais o levam a um psicanalista, o doutor Charles ou professor X. Digamos que esse personagem é muito importante para Chuvisco, pois é ele que ajudará o protagonista “domar” as catarses e a moldar seu caráter heroico.  O professor X ganha esse nome graça a paixão que Chuvisco tinha por X-men. O psicanalista propõe que o seu paciente ganhe um nome super, e no final acabou sendo esse mesmo.
“Minha imaginação foi rebelde desde que me conheço por gente. Bonecos de pelúcia que se arrastavam pelo chão, olhos pendurados em fiapos e feltro, e escalavam minha cama como zumbis. Tudo isso fazia parte do meu dia a dia.”
   Depois de uma noite com os amigos, Chuvisco resolve sair do pub e caminhar até em casa. Dalí alguns quarteirões avista uma cena que mudará a história do protagonista – ele avista um grupo da Guarda-Branca (grupo que se intitulam justiceiros e defensores dos bons costumes) agredindo um rapaz homossexual. Chuvisco vendo que as agressões só parariam com a morte daquele rapaz, resolve partir para briga com os “justiceiros”. Nesse momento o leitor é levado para dentro de uma realidade paralela, onde o protagonista usa seus superpoderes para livrar a vida do agredido que no momento estava semiconsciente e a própria vida – pois a Guarda-Branca desenhou um alvo grande com cor de sangue em Chuvisco.  
   Chuvisco ganha uma armadura a lá homem-de-ferro, com direito a inteligência artificial e tudo. Dando um show de ataques e contra-ataques, o protagonista parece prevalecer perante seus algozes, porem isso tudo está acontecendo na realidade paralela, numa mente criadora de catarses. Ele de fato prevaleceu diante daquele grupo da Guarda-branca, mas depois o leitor ver o estrago que eles fizeram no protagonista.
Santa Morte por Nela Dunato
   Já no hospital, os amigos de Chuvisco ainda estão impressionados que sozinho ele deu conta de cinco membros da Guarda-Branca e saiu vivo. É nesse hospital que o protagonista se encontra com a figura etérea chamada de “la Muerte” (quando os ataques contra as minorias começaram, alguns insurgentes criaram uma facção para combater essa opressão. “Santa Muerte”, tem o objetivo denunciar os ataques que a população sofre por meio de vídeos gravados e upados na internet. Tida por muitos como simples lenda urbana, “la Muerte” aconselha Chuvisco de que não confie em ninguém, alguns médicos podem lhe entrega para a Guarda-Branca).
   O grupo da Guarda-Branca que quase mata Junior e Chuvisco, são encontrados mortos poucos dias depois e descobriu-se que eles eram iniciantes na seita. A prova de iniciação era matar o LGBT.
   A partir daí começa uma verdadeira corrida pela sobrevivência de Chuvisco, pois a Guarda-Branca está no seu encalço e Chuvisco que procurava pelo garoto que tinha salvado e sumiu. As buscas do herói levaram a onde ele queria está – perto de “Santa Muerte”.
   As coisas desandam e tudo acaba de maneira catastrófica!
   A escrita de Eric Novello é simples, rica e imersiva. A toda hora eu me perguntava se o que estava acontecendo estava acontecendo de fato ou era uma catarse do protagonista. Até que um dos amigos de Chuvisco chegava a falar que era real, a situação de fato estava acontecendo. Pensando agora esse foi o que mais me prendeu ao livro - as catarses de Chuvisco.
   Pessoalmente a história de Chuvisco é real (você conhece uma pessoa que já sofreu por ser quem era? Eu conheço e é LGBT). Pois o protagonista não tem qualquer poder especial, não é alguém que tenha tido grandes conquista na vida, é uma pessoa normal – isso vale a história, para mim.
   Novello aproveitou o Time certo para lançar o livro. Eu não sei há quanto tempo foi escrito, mas a sua publicação veio em tempos em que se falar muito em literatura especulativa – como Margeret Atwood. O livro “Ninguém Nasce Herói” pode ser além de uma distopia Young/Adult, pode ser facilmente colocar na estante de literatura especulativa.

   Sobre o autor

Eric Novello é escritor, tradutor e roteirista com formação no Instituto Brasileiro de Audiovisual. Nesceu no Rio de Janeiro em 1978 e mora em São Paulo desde 2007. É autor de Exorcismo, amores, e uma dose de blues (Gutemberg, 2014), A sombra no sol (Draco, 2012), Neon Azul (Draco, 2010), e Historias de noite carioca (Lamparina,2004).














O Leitor Burguês

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TopFive: Stephen King




O que vem a sua mente quando você ouve o nome Stephen King? Escritor, contista, terror, ficção cientifica, it, o iluminado, Carrie? Você está certo. Stephen é o mais famoso escritor do gênero terror/ficção cientifica da sua geração.
Escrevendo para a faculdade onde estudava, pensou em escrever um romance de uma jovem com poderes telepáticos, porem abandou a ideia. Graças a sua esposa que resgatou o livro do lixo e o obrigou a terminar o romance. E foi assim que nasceu “Carrie – A estranha” – livro que colocou seu nome na literatura americana.
Todo mundo já ouviu falar ou já assistiu alguma coisa inspirada no autor. Nota-se que as novas edições dos livros vem com seu nome maior e mais colorido que o título do livro. Seu nome passou a ser uma marca, uma referência, porem com tantas títulos publicados, suas obras ainda são alvos de críticas – como em “Cristine – o carro assassino”, algumas pessoas criticam como sendo uma ideia boba. Se de um lado Stephen é criticado, do outro ele é ovacionado. De fato o autor tem uma gama de livros, contos e adaptados – filmes/series que saíram do papel e foram para grande tela, alguns dirigidos pelo próprio autor.
Enfim, o Janela Central é uma grande fã do gênero Terror e do Stephen e por isso nós preparamos um topfive de obras mais memoráveis do autor:

“Carrie, a estranha” ou só “Carrie”

Atrizes dos filmes
       Vamos começar pela primeira obra que King escreveu vindo ser publicada em 1974.

A história de uma menina no High School (nosso ensino médio) que sofria bullying por parte de alguns alunos e tinha poderes telepáticos.
Tanto no livro quantos nos adaptáveis, o seu poder não tem qualquer explicação. Ele simplesmente estava lá, nasceu com a menina. O interessante é que a história te envolve de maneiras até surpreendentes – quem não sofria Bullying na escola? E imaginava ter poderes para castigar os seus atormentadores?
Mas a história de Carrie conta com uma cena que tempos depois viraria uma das cenas mais pop do cinema e da literatura – o banho de sangue de porco no baile que foi rainha.


“O iluminado” ou “The Shining”

Poster do filme no Brasil // Capa do livro publicado pela Suma
Pode-se considerar uma história biográfica, pois king escreveu logo depois que sofreu com alcoolismo e outras drogas.
Publicado em 1977, conta a história de um aspirante a escritor que resolveu aceitar um emprego de zelador num hotel nas montanhas do Colorado. Após uma nevasca que deixa a família presa dentro do hotel, alguns eventos sobrenaturais atormentam a mente de Jack Torrance chegando ao ponto de por sua esposa e seu filho, Danny, em perigo.
Mas o porquê o iluminado? É ai que entra a veia sobrenatural de king, Dany o filho do casal possui um poder de ver o passado horrível do hotel.
Em 1980 o brilhante diretor Stanley Kubrick adaptou o livro para filme, pondo o ator Jack Nicholson assustadoramente no papel de protagonista. O filme ainda rende lucro até hoje e ainda arranca sustos dos que assistem. Tanto o filme quanto o livro possuem um ritmo pouco lendo, mas vale a pena.
 E conseguiu lançar mais uma cena icônica – quando a mulher de Jack tenta fugir o marido que está tentando matá-la. Ela se esconde no banheiro e ele arromba a porta com um machado.
Em 2008 a obra ganhou uma continuação, agora contada a partir do olhos de Dany. No brasil está como Doutor Sono, “Sleep Doctor”.

“It – a coisa” ou só “it”

Poster do filme lançado no anos 1990 e Poster do Remake
Do que você tem medo? De livros grossos? Do escuro? De lugares podres? De alienígenas? De aranhas? Ou palhaços?
Se você tem alguns desses medos – como eu tenho de palhaços -, provavelmente não lerá o livro “it”, pois além de se tratar de um livro grosso para Karalhos (mil e poucas páginas) trata-se também de medos. É recomendável que você assista o filme (tanto o original quanto o remake) com alguém mais corajoso que você – eu fiz isso!
A história centraliza-se em um grupo de quatro crianças estereotipadas que enfrentam um monstro centenário que se alimenta de medo. Ora chamado de Coisa, ora de Pennywise – o palhaço, o monstro, um metamorfo era responsável por pequenos incidentes na cidade.
Porque as crianças o enfrentaram? Por que não um adulto? Por algum motivo explicado na história, somente crianças podiam ver a Coisa, somente elas enxergavam que o mostro estava sempre presente no momento dos incidentes.
Nesse filme não tem cena icônica, mas tem personagem icônico – o próprio Pennywise com seu balão vermelho. – Pense num personagem que me deu cagaço!
 

“A Zona Morta” ou “The Dead Zone”

Capas das edições publicadas no Brasil
Se você tivesse o poder de prever e até mesmo evitar o futuro, você faria?
Bom, honestamente essa é a história que eu mais gostei de King, pois tem uma dose dramática muito grande por parte do protagonista.
Publicado em 1979, a “Zona Morta” conta a história de um professor chamado John “Johny” Smith que sofreu um acidente e ficou cinco anos em coma. Com o passar do tempo, Smith perdeu tudo que tinha – o emprego, a namorada e alguns familiares -; porem o acidente ativou a zona morta de seu cérebro fazendo com que veja o passado e o futuro de uma pessoa só em toca-la. Com esse dom ele começa a ajudar a polícia solucionando crimes – prendendo um assassino estuprador e outro criminosos.
Johny começa a ganhar notoriedade entre as autoridades e em um fatídico dia encontra um político chamado Greg Stilson. E com um simples aperto de mão, Johny ver o futuro do rapaz – Stilson se tornará presidente do EUA e será responsável por uma guerra nuclear apocalíptica. Então Johny se ver num dilema – matar o político e ajuda e evitar a catástrofe iminente ou deixa o futuro seguir seu curso devastador?
O livro foi adaptado em 1983, tendo direção de David Cronenberg e no elenco o Christopher Walker no papel de Johny.  Nesse filme o telespectador toma para si a angustia do protagonista e também se ver o dilema. 

“A Espera De Um Milagre” ou “The Green Mile”

Poster original do Filme
E se você fosse acusado de um crime que não cometeu? E se você tivesse o dom de curar as pessoas, você o esconderia, usaria para o seu próprio bem ou para o bem ao próximo?
Pensando bem, esse é a obra do Stephen king que mais destoa das outra acima. Pois pode-se dizer que se trata de um romance trágico. Daqueles que enchem os olhos de lagrimas no final.
Lançado em seis volumes inicialmente, no ano 1996, a obra conta as memorias e experiências de um chefe de guarda na Penitenciaria de Coldmoutain durante a grande depressão dos EUA. Paul Edgecombe, agora é idoso e busca em seu cérebro fatos e situações que o façam a voltar no tempo, no tempo em que conheceu um detendo no corredor da morte, John Coffey. John era um detento misterioso que chegou na penitenciaria em 1932, acusado de matar as irmãs gêmeas Deterrick.
Paul e John logo possuem uma afinidade. Aquele sabendo que esse tinha um dom magnifico e misterioso. O guarda ao perceber isso, debata-se sobre cumpri o dever e tirar a vida do detento ou o rapaz pode não ter sido autor tal crime barbado – será mesmo culpado ou está se sacrificando? Se está, porque? Por quem?
Em 1999 foi lançado o filme com Tom Hanks no papel de Paul e Michael Clarke Duncan como Coffey. Duncan foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por esse filme.
Os volumes (tradução livre)
The Two Dead Girls “As Duas Garotas Mortas” (28 de março de 1996)
The Mouse on the Mile “O Rato Na Milha” (25 de abril de 1996)
Coffey's Hands “As Mães de Coffey” (30 de maio de 1996)
The Bad Death of Eduard Delacroix “A Morte de Eduard Delacroix”(27 de junho de 1996)
Night Journey “Jornada Noturna” (25 de julho de 1996)
Coffey on the Mile “Coffey Na Milha” (29 de agosto de 1996)

E você, qual é o seu King favorito? Está entre os cinco? King é uma máquina de escrever e de ideias, todo ano sai pelo menos dois ou três livros de sua autoria - 2017 lançou belas adormecidas, com participação de Owen King. Também acabou de sair em cartas a adaptação do primeiro livro da série “A Torre Negra”, “o Pistoleiro”. 








O Leitor Burguês
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Resenha HQ Homem-Aranha - Feroz

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A resenha de hoje é do quinto volume dos colecionáveis do Homem-Aranha, publicados pela editora Salvat em parceria com Panini e Marvel. Essa HQ me deixou dividido e se eu soubesse que viria com esse número de páginas e com uma história um tanto quanto chata, eu não teria comprado! Mentira, como sou fã do Aranha, compraria.

A HQ

É uma reunião das publicações do Sensacional Homem-Aranha 23-27, ou seja, somente quatro volumes do que seriam as revistinhas mensais, o contrário dos outros encadernados que costumam vir sete volumes. Um ponto negativo.
Além dessa dessas informações que não agradam, algo particular não me agradou que foi justamente o encadernado ser de capa branca. Essa informação sobre a capa não interfere na qualidade do produto, mas é apenas uma observação de algo que não gosto em HQs. Como esse encadernados são compilados de edições já publicadas, no meio do encadernado o traço do desenho passa a ser em tom mais “realista”, o que faz com que perca o padrão do traço do desenho que você está habituado naquela leitura.

O Enredo

A HQ Feroz, tem um enredo bem fraco e medíocre. Quando você chega nas últimas páginas e percebe que o final é pior do que você imaginava, joguei quarenta reais no lixo! Ponto negativo.
Uma chuva misteriosa cai sobre Nova York. Peter está se balançando entre os altos prédios sob sua teia resistente, tentando deixar de lado os problemas da vida e esvaziar um pouco a cabeça. Quando seu amigo O Lagarto aparece nas páginas dos quadrinhos totalmente surtado e sem a consciência do Dr Curt Connors para acalma-lo (para que não sabe, O Lagarto é o dr. Connors tranormado). Peter Parker vestindo o uniforme do Aranha tenta controlar seu amigo que está, além de transformado numa fera, aparentemente sem noção de sus atos. Após várias tentativas em vão, Gata Negra surge nessa empreitada para acalmar Dr Connors transformado no Lagarto. Ouras participações que surgem nesse encadernado é de Puma, um homem de hábitos e vestes de felino. O que passa ser ainda mais estranho é que Puma e Gata Negra começam a despertar dentro de si uma raiva.... uma ira... um ódio... uma sede de sangue que quase não conseguem controlar; o mais terrível ainda é que o Homem-Aranha pode estar sofrendo dos mesmo sintomas. Após pedir a ajuda ao Senhor Fantástico, Peter tem a informação de que pessoas com extintos de animais estão sendo afetados pela chuva de alguma forma. Para concluirmos, a chuva desperta o extinto selvagem em Puma, Gata Negra, Lagarto e até mesmo no nosso herói por conta de sua personalidade ser afetada por extintos de animais. Agora, uma simples chuva está causando essa ira toda? Não. Um vilão que conseguiu encontrar, no alto das montanhas, a “a pedra da vida”, que o transformou em réptil, também transformaria toda Nova York numa cidade completamente habitada por répteis. homem-Aranha trajando seu uniforme Aranha de Ferro, criado por Tony Stark o isola do efeito da chuva. Com a ajuda do traje ultra tecnológico, Peter lacra a pedra com parte do seu uniforme. Isso mesmo, essa é a trama da HQ Feroz.

Compro ou não compro? 

Se você deseja completar essa coleção por ser MUITO fã do Homem-Aranha, compre. Mas se por qualquer outro motivo você deseja comprar esse encadernado: Não, não faça isso. Guarde para o próximo volume. Essa HQ não está nem perto do nível do volume anterior. A única coisa que salva é a arte desse volume.

Veredito.

Bem, você faz o que você quiser com sua grana, mas se você julgou esse enredo fraco, imagina pagar quase quarenta reais nisso! Eu gostei somente pelo desenho e porque gosto do Homem-Aranha e quero montar essa coleção, ou seja, motivos que podem ser facilmente descartados para quem não é tão fã assim e busca somente as melhores histórias do herói aracnídeo.
Sr Stark. 
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Jean Grey - RessurXion

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Não é segredo para nenhum dos fãs de X-MEN que a mutante Jean Grey é possuída por uma entidade intergalática intitulada Fênix e acaba destruindo planetas, causando uma dor de cabeça e tanta para seus amigos e matando o amor de sua vida, Scott. 

Nessa nova história em quadrinhos, no entanto, Jean sabe que a Fênix está atrás dela e quer evitar que em sua realidade aconteça o que aconteceu em tantas outras. Na primeira edição de seu quadrinho solo, Jean está aprendendo a controlar os seus poderes enquanto luta contra o crime e tenta se manter fora do alcance da Fênix, mas não demora para a ruiva descobrir que se manter fora do alcance da entidade é basicamente impossível.

O ritmo da hq é muito bom e é interessante ver essa Jean mais descontraída e querendo tomar as rédeas da própria vida, se mostrando uma heroína forte que está disposta a lidar com toda a loucura e evitar que a Fênix tome o controle de seu corpo e poderes.

Sendo assim, a experiência de ler sobre a Jean Grey por uma outra ótica é ótima e se você já era fã da heroína essa história é um prato cheio para se tornar ainda mais apaixonado pela mutante.

Khaleesi
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Pequenas Grandes Mentiras – Liane Moriarty

Titulo Original: Big Little Lies 
Autora: Liane Moriarty
Numero de Paginas: 400 
Tradutora: Adalgisa Campos da Silva

   Sobre o livro
Capa Do Livro
   Com muita bebida e pouca comida, o encontro de pais dos alunos da Escola Pirriwee tem tudo para dar errado. Fantasiados de Audrey Hepburn e Elvis, os adultos começam a discutir já no portão de entrada, e, da varanda onde um pequeno grupo se juntou, alguém cai e morre. Quem morreu? Foi acidente? Se foi homicídio, quem matou?
   Pequenas grandes mentiras conta a história de três mulheres, cada uma delas diante de uma encruzilhada.
   Madeline é forte e decidida. No segundo casamento, está muito chateada porque a filha do primeiro relacionamento quer morar com o pai e a jovem madrasta. Não bastasse isso, Skye, a filha do ex-marido com a nova mulher, está matriculada no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline.
   Celeste, mãe dos gêmeos Max e Josh, é uma mulher invejável. É magra, rica e bonita, e seu casamento com Perry parece perfeito demais para ser verdade.
   Celeste e Madeleine ficam amigas de Jane, a jovem mãe solteira que se mudou para a cidade com o filho, Ziggy, fruto de uma noite malsucedida.
   Quando Ziggy é acusado de bullying, as opiniões dos pais se dividem. As tensões nos pequenos grupos de mães vão aumentando até o fatídico dia em que alguém cai da varanda da escola e morre. Pais e professores têm impressões frequentemente contraditórias e a verdade fica difícil de ser alcançada.
   Ao colocar em cena ex-maridos e segundas esposas, mãe e filhas, violência e escândalos familiares, Liane Moriarty escreveu um livro viciante, inteligente e bem-humorado, com observações perspicazes sobre a natureza humana.

    Centralizada nas três mães, Moriarty volta seis meses antes da trágica noite onde aconteceu o a morte. Em um processo de contextualização, o leitor acabar conhecendo as personagens principais e as coadjuvantes. O talento da autora fica evidente no decorrer leitura. Suas personagens crescem ao longo do livro, dando ao leitor uma visão clara do que cada uma é o seu próprios demônio.
   O leitor pode ficar apreensivo em ver uma história onde há muitas personagens falantes, mas quando vai se aprofundado mais na vida de cada um, fica fácil identifica-los mesmo se não tivesse nomes.

Poster da Série
 Durante vezes eu era levado por um labirinto sem saída de informações contraditórias em depoimentos dado pelos próprios pais dos alunos da escola que estavam na festa – eu me pegava fazendo apostas de quem era o assassino e quem morreu. Minhas apostas mudavam de acordo com o capitulo. Os depoimentos dos personagens dão voz aos capítulos, pois como o livro é escrito em terceira pessoa os capítulos se alteram de acordo com as visões de mundo – tanto que todos são levados a depor, mas o leitor sente falta das três personagens contando sua versão da história. Por isso um dica: esteja atento as pequenas mentiras, as contradições e as omissões, que os personagens contam para si e para a detetive que investiga o caso.
   Podem ler tranquilos, podem fazer suas apostas – Moriarty é sublime, fará sua cabeça explodir com o plot (aconteceu comigo). O leitor jamais irá acertar quem matou e quem morreu!
   Mas por quer essa história está em evidência agora? Porque fala de temas considerados tabus para muitas gente. Violência doméstica, estupro, gravidez na adolescência e adultério. Mais uma vez Liane é incrível, pois aborda cada um dos temas em sua personagem com o intuito não só de choca o leitor, mas de conscientiza-lo, pois essas coisas existem e as pessoas que sofrem negam por medo ou por receio de alguma coisa.
   Com uma escrita despretensiosa Liane pode enganar a respeito do conteúdo do livro (a arte da capa ajuda). Liane segue à risca da receita de uma boa história de suspense/mistério – capítulos curtos, escrita fácil e personagens que falam demais – isso é o que confunde mais a cabeça do leitor -, vai revelando aos poucos o que acontece e acima disso tudo está uma camada de perfeição, tudo é tão perfeito, e basta uma peça de dominó cair que o resto vai ao chão.
   O livro acima de tudo fala sobre o poder feminino, como mulheres precisam de unir contra o abuso que sofrem mesmo dentro e fora de casa. Mostram que juntas são mais fortes!

   Das páginas para HBO

   O canal HBO exibiu no primeiro semestre de 2017 a série, mas meses antes foi lançado o trailer que já contava com um clima todo misterioso. Houveram alguns adaptações – obvio! -, mas nada que mudasse a essência da trama; por exemplo o sobrenome da Celeste no livro era White na série ficou Wright. E mudou-se também o local, pois na série se passa em alguma praia em Monterey (Califórnia) e no livro passa-se em uma península fictícia na Austrália.
   O elenco dispensa apresentações: Nicole Kidman (Celeste) – impressiona na pele da ex advogada que virou dona de casa; Reese Witherspoor (Madeline) – maravilhosa na pele da baixinha arretada e carismática; Shailene Woodley (Jane) – impacta na pele da mãe solteira que tenta criar o filho da melhor maneira possível; e também tem Luara Dern, Alexander Skarsgard, Zoey Kravitz e muitas outras estrelas.
   A série foi produzida pelas duas amigas e atrizes Nicole e Reese e só nos Estados Unidos arrecadou 2,1 milhões de espectadores na estreia.
  Nicole e Reese dizem que vai ter segunda temporada.
  Os prêmios
  Pequenas grande mentiras “passou o rodo” nos prêmios e quem foi indicado (ficando pau a pau com o conto da aia).
  Ganhou Emmys de melhor série limitada ou minissérie, melhor atriz de minissérie (Nicole); melhor ator coadjuvante em minissérie (Slexander Skarsgard); melhor Atriz coadjuvante em minissérie (Laura Dern); melhor direção em minissérie (Jean-Marc Valleé); e vários globos de ouro. O engraçado que a Nicole e a Reese estavam concorrendo o mesmo premio, as duas amigas, Nicole que levou os prêmios dedicou o prêmio a amiga e a todas a mulheres que sofrem algum tipo de abuso.

  Sobre a autora  (tirado do site da editora)

Liane Moriarty ao lado de Nicole Kidman e Reese Witherspoon
  Liane Moriarty nasceu em novembro de 1966 na Austrália. Antes de se tornar escritora em tempo integral, com cinco romances e uma série de livros infantis publicados, Liane trabalhou como gerente de marketing de uma editora e foi redatora freelance, com colaborações para textos publicados em sites e conteúdo para comerciais de TV. Ela mora em Sydney com o marido e os dois filhos pequenos. Todos os livros da autora foram publicados pela editora Intrínseca.


    Apêndice

   Quando eu vi o trailer da série em uma rede social tinha me ganhado (fala sério, Nicole, Reese e Shailene juntas em uma serie?!). Eu nem sabia que tinha livro até descobri-lo em uma loja americanas, estava de promoção, R$ 10,00. Ali eu estava cego para ler o livro e assistir a série. Para mim foi um marco no ano de 2017, pois eu lia o livro e a cada semana via as páginas sendo muito bem adaptadas para as telas de televisão. Para mim foi o melhor livro e a melhor serie que eu assistir, virei fã da Liane e vou acompanhar o seu trabalho com avidez. 








O Leitor Burguês

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Filme de Viúva Negra vai sair do papel?

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Olhe nos olhos da Viúva Negra e diga que você não sente aquele arrepio na espinha?! Ainda mais interpretado pela talentosíssima Scarlett Johansson?!

A internet essa semana está eufórica com os rumos de já ter sido escolhido até roteirista para o filme solo da nossa ruiva, ou não tão ruiva assim, Viúva negra. Os empresários responsáveis pelo Universo Marvel construído nos cinemas ao longo desse últimos anos foram bem espertos no seguinte quesito: a DC Comics lançou o filme solo da mulher Maravilha e foi um sucesso! Por que não lançarmos o da nossa heroína. Mas calma. Não vamos lançar o nosso tão perto do filme da concorrente! (Teoria, somente!)

Segundo notícias, Kevin Feige até se reuniu com a atriz que interpreta Natasha Romanoff desde sua primeira aparição nas telonas em Homem de Ferro 2 e conversaram sobre a possibilidade de um filme solo da heroína. Após um longo período de silêncio com relação ao assunto, agora meus amigos é aparentemente oficial, vai ter filme da Viúva negra sim!

Já tem até roteirista: Jac Schaeffer está nessa missão!
O que nós podemos esperar é que seja feito um filme digno da personagem e pelo amor de Thor, filho de Odin, parem de querer tornar uma personagem mercenária e independente, alguém frágil e carente de um par romântico! Oh dona disney, Viúva Negra não é princesinha não!!!!!! E outra, se decide aí; primeiro foi o Gavião Arqueiro, depois o Capitão América e por último e até agora o Bruce Banner. Quem será o próximo par romântico de novela mexicana?

Sr. Stark
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Resenha - O Rei do Show

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P. T. Barnum, um showman que tem uma tendência natural de enganar seu público, decide montar um circo na esperança de ficar famoso. Durante sua saga há ainda uma importante questão pendente em sua vida: uma paixão cega pela cantora Jenny Lind. É a trama central do filme, O Rei do Show, protagonizado pelo o nosso eterno Wolverine, Hugh Jackman. 

O filme tem tudo o que um bom apreciador de musicais gosta: drama, ação, uma pitada de comédia e romance, muito romance. A beleza dessa obra já começa nos atores, além de Hugh Jackman, que está mais uma vez de parabéns; no seu papel de um homem um pouco sem escrúpulos, mas que decide transformar pessoas consideradas diferentes em grandes astros, temos também no elenco Zac Efron, que volta aos musicais depois de alguns anos atrás estrear em High School Musical, Zendaya que esteve em Homem-Aranha de volta ao lar, entre outros. 

Mas o que caracteriza um musical? Música claro! E nesse quesito o filme está de parabéns. A trilha sonora que está em primeiro lugar nas paradas de sucesso da Billboard, contagia e emociona à medida que as cenas estão passando. Mas nem tudo são flores, o filme tenta e em alguns momentos consegue surpreender, mas em certos momentos a sensação de que estamos assistindo ao filme de sessão da tarde aparece. Nada que estrague o brilho que literalmente o filme traz. Baseado na história real de P. T. Barnum, figura conhecida nos Estados Unidos como um dos pioneiros do circo e de outras apresentações de excentricidades no século 19, O Rei do Show se encontra em cartaz e vale a pena sendo fã de musicais ou não.

Nota: 8.0 Janelinhas. 
                                                       Someone.
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Americanah - Chimamanda Ngozi Adichie



Americanah
Sobre o livro
Título Original: Americanah
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Páginas: 516
Tradução: Julia Romeu
Editora: Companhia das Letras

Em 1990, Lagos está no meio de conflitos militares. Ifemelu, uma jovem igbo, e Obinze, seu namorado, tentam viver seu amor da forma mais romântica possível e conseguem durante algum tempo. Eles fazem planos sobre no futuro irem para os Estados Unidos, terminarem os estudos, pois as faculdade africanas enfrentam uma series de paralisações. Quando o amante militar da tia de Ifemelu, tia Uju – irmã mais nova de seu pai -, morre em algum conflito civil Ifemelu faz uma escolha da sua história. Ela e Obinze tiveram um vislumbre das suas vidas diante daquela decisão. Mas a realidade é mais carniceira que parece ser...
Quando Ifemelu vai para a terra do tio Sam, ela se confronta com a realidade da questão racial. Ela está num país estranho e desconhecido, muitas vezes intimidador. Ter que dá o primeiro passo é penoso. A jovem igbo tem que usar o nome de outra nigeriana por não ter visto americano e deixa de viver como uma nigeriana na américa e começa a agir como se fosse uma nativa.
“O único motivo pelo qual você diz que a raça nunca foi um problema é porque queria que não fosse. Nós todos queríamos que não fosse. Mas isso é uma mentira. Eu sou do país onde a raça não é um problema; eu não pensava em mim mesma como negra e só me tornei negra quando vim para os Estados Unidos...”
Com o tempo Ifemelu passa a trabalhar de babá para família mais americana estereotipada que existe (créditos à autora), pois foi o ponta pé para que ela criasse o seu famigerado blog. Aqui vale dizer que seu blog tinha como meta mostrar a questão racial na visão de uma negra não americana. Ifemelu notava que as pessoas falavam diferente com ela quando estavam presentes, como se não entendesse o idioma ou a tratavam de maneira esquisita – exemplo: querendo mexer no seu cabelo.
O blog começou quando seu primeiro namorado genuinamente americano terminou com ela, pois ela o traiu. Ela tentou reatar, porem ele cortou qualquer contato. Mas foi com ele que ela “cresceu” como “americanah” conseguiu o desejado visto americano.
“Sabe qual é a solução mais simples para o problema da raça nos EUA? O amor romântico. Não a amizade. Não o tipo de amor tranquilo e superficial cujo objetivo é manter as duas pessoas confortáveis. Mas o amor romântico profundo e rela, do tipo que retorce e estica você e faz com que respire através das narinas da pessoa que ama.  E como esse tipo de amor romântico profundo e real é tão raro como a sociedade americana é feita de moto a torna-lo ainda mais raro entre um negro americano e um banco americano, o problema da raça nos estados unidos nunca vai ser resolvido.”
Enquanto Ifemelu tinha seu “BOOM” com seu blog na terra do tio Sam. Obinze que ficou na África tentando tirar o visto para se encontrar com sua namorada de infância, seus planos mudaram quando sua futura mulher ficou muda – Ifemulu tinha cortado qualquer contato com Obinze. Parou de responder suas mensagens e seus telefonemas. Não vendo outra alternativa senão seguir com a vida, ele vai para Inglaterra visitar o seu primo e tentar conseguir um visto britânico. Não conseguindo, ele faz a mesma coisa que Ifemulu, busca de maneiras não licitas para poder ganhar dinheiro e sobreviver.
O garoto que tinha sua própria visão de estrangeiro baseada em romances americanos e ingleses, foi traído brutalmente pela realidade. Zed (como era chamando pelos amigos de infância) começou a trabalhar como limpador de privadas e ajudante de marceneiro – carregava madeiras pesadíssimas. O plano de Teto (como Ifemelu o chamava) era casar com uma mulher para conseguir o tão desejado visto britânico. Mas – como na vida real tudo de ruim acontece – o rapaz que estava ajudando-o com os empregos pediu-lhe dinheiro. Obinze se recusou, então foi denunciado e... (spoler).
De volta aos Unided States, Ifemulu colhe os ótimos frutos do seu blog. Então chega o momento em que ela decide voltar para Lagos. Nem em quinze anos foram suficientes para apagar a memória de Obinze da cabeça da jovem igbo.
Quando o jovem casal se encontra, hoje não tão jovens. Ifemelu quer viver de jornalismo e Obinze se tornou um homem de sucesso – bem sucedido e casado com uma filha. Eles ainda têm a mesma paixão que sempre tiveram desde a infância. Mas como fazer se Obinze está casado?
O livro é um tapa na cara. Chimamada é brilhante pondo no papel personagens tão reais que podemos toca-los e situação tão palpáveis que o próprio leitor pode pensar “já passei por isso” ou “conheço alguém que já passou por isso”.  Dividido em 5 partes e com pouco mais de 500 páginas, mas fique tranquilo que a linguagem simples e capítulos curtos te ajudam a lê-lo mais rápido. Americanah foi escrito para incomodar e tem tudo para no futuro se tornar um clássico e leitura obrigatória mundial.


Sobre a autora (tirado do livro)
CHIMAMANDA NGOZI ADICHE nasceu em Enugu, na Nigéria, em 1977 é autora dos romances Meio Sol Amarelo (2008) – vencedor do Orange Prize, adaptado para o cimena em 2013 -, Hibisco Roxo (2011) e Sejamos Todos Feministas (2015), todos publicados pela editora. Assina ainda uma coleção de contos, The Things Around Your Neck (as coisas envolta do seu pescoço – tradução livre) (2009). Sua obra foi traduzida para mais de trinta línguas e apareceu em inúmeros periódicos, como as revistas New Youker e Granta. Depois de ter recebido uma bolsa da MacArthur Foundation, Chimamanda vive entre Nigéria e os Estados Unidos. Eleito um dos des melhoes livros do ano pela New York Times  Book Review e vecendor do National Book Critics Circle Awards, Americanah teve seus direitos para o cinema comprados por Lupita Nyong’o, vencedora do Oscar de melhor atriz por Doze anos de escravidão.






O LEITOR BURGUÊS

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