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Blacksad 1 e 2 - Resenha HQ


  

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Saindo desse arco de DC e Marvel e partindo para algo que também faz o leitor devorar cada página! Uma HQ para MAIORES DE 14 ANOS, já é aprova de que os gibis podem sim ser mais adultos e ter mensagens não tão infantis assim. Para continuar conhecendo sobre Blacksad, segue lendo! 

Os artistas e sua HQ. 

Díaz Canales e Guarnido se conheceram e formaram parceria para a elaboração do enredo da HQ Blacksad e que dupla viu! Ganharam prêmios seguidamente com praticamente todos os volumes do Gato Detetive! As cores e o traço do desenho, os ângulos que são mostrados cada cena e a forma como a história é narrada farão você perceber porque a história mereceu cada prêmio conquistado. 

Blacksad é uma produção europeia trazida ao Brasil pela editora SESI-SP com um formato bem diferente do que já estamos acostumados lendo as revistas dos heróis. 

O Enredo

Resolvemos aqui contar de forma unificada o volume um e dois, as histórias são independentes e não há problema em começar lendo pelo segundo, mas seguiremos aqui a ordem da numeração de capa e lançamento obviamente. 

BLACKSAD 1 - ALGUM LUGAR EM MEIO ÀS SOMBRAS.

Primeira HQ publicada na França, John Blacksad é um gato detetive subordinado inicialmente ao delegado (um cão pastor alemão Smirnov). Blacksad é chamado para pelo delegado apenas para identificar uma vítima de assassinato. Ao chegar no quarto do hotel, a vítima está estendida na cama ainda coberta com os lençóis e com um único tiro na cabeça. A moça é uma atriz famosa que John havia sido guarda-costas e tido um pequeno romance, mas que há muito tempo havia acabado e não mais tinham se visto a´te àquele fatídico momento. 

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"John, chamei você aqui, apenas para fazer o reconhecimento, já que vocês foram próximos, mas não quero que se envolva na investigação" - disse o delegado pastor alemão. " Vai se #$%&" - disse John Blacksad. 

O primeiro volume trata justamente de um feminicídio, comum nas narrativas policiais e o motivo do crime é o mais banal e clichê possível, ciúmes. Mas o que encanta e diferencia essa história de tantas outras do gênero é como o processo de investigação se dá através da narrativa construída por Díaz. 


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Em alguns momentos você acaba tão dentro da história que o leitor pode se sentir o próprio protagonista, tendo como base sua angústia contida e seu desejo voraz por justiça, sem muito romantismo, mas somente a sede de ver os verdadeiros criminosos SEVERAMENTE punidos. 

O fim da trama é mais do que a prova de que para ser correto e punir os reais vilões que são acobertados pelo dinheiro, precisamos tomar decisões que ferem nossos princípios. 


BLACKSAD 2 - ARTIC-NATION

Resultado de imagem para blacksad artic-nationCertamente, o volume dois de Blacksad traspassa o conceito apresentado no primeiro volume, não é um simples e bem construído feminicído e uma boa arte que prenderão o leitor dessa vez. Algo novo surge, aliás, algo velho e nojento que ainda prevalece na sociedade, mas que é combatido mais uma vez de forma sangrenta e sem limites. O Artic-Nation combate o racismo juntamente com a investigação do desaparecimento de uma garotinha.  

Uma pequena comunidade animais de pelo branco assumem o controle da cidade e começam a disseminar discurso de ódio contra os animais negros, impondo limites de transitar dentro do pequeno vilarejo e responsabilizando todos eles da crise que se instaura ali. Os grandes poderes da cidade são representados por animais brancos e a cada página você alimenta o ódio em relação a eles.

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O desaparecimento de uma garotinha não é nada mencionado na delegacia. A mãe é encontrada pelo investigador Blacksad, mas ela mesma não prestou queixa do desaparecimento da filha. Por quê? Pelo simples fato de ambas serem negras e o delegado não dar a mínima para aquele caso. 

Outros assuntos são desvendados na trama, uma reviravolta bem elaborada e detalhada fazem com que tudo prenda a atenção do leitor desse segundo volume. Podemos perceber também que, apesar da união da raça branca, há sempre um vestígio de algo podre naqueles que se julgam puros. Culminando até em enforcamento em um de seus líderes. 

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Considerações Finais. 

Cada vez que você se dispõe a ler algo novo, você descobre um universo diferente daquilo que estamos acostumados. Tenha essa curiosidade e adquira um desses volumes das narrativas de Blacksad. A arte é incrível e a narrativa bem sequenciada. 

Numa escala de 0 a 5, Blacksad faz jus aos prêmios que recebeu. Merecendo nota 5 desse humilde blog. 

Daniel Alves. 


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Silêncio ( Parte 1 e 2) - Resenha HQs.

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Gosto sempre de fazer minhas resenhas tendo em vista aquele leitor que tem vontade de iniciar a ler quadrinhos, mas não sabe por onde começar. Durante muitos anos essa foi minha realidade. Para saber mais dessa incrível narrativa do Morcego de Gotham, segue lendo! 

Os artistas 

Jeph Loeb é o roteirista e consegue manter uma narrativa bem entrelaçada e prendendo os olhos do leitor com a arte inconfundível de Jim Lee, sul-coreano naturalizado americano, ambos têm grande força no universo dos quadrinhos. Tanto Jeph como Lee já produziram muitas coisas para Dc e Marvel. (E você aí discutindo qual é a melhor.) 

O Enredo

Batman já não é tão inexperiente em combater o crime na sua cidade tão amada. Nessa narrativa, Bruce já sofreu com baixas irreparáveis, como a do primeiro Robin e ainda sofre com fato do Coringa ter atirado em Barbara Gordon e tê-la deixado paraplégica. Esses e outros fatores deixam Batman mais maduro e até certo ponto, mais letal contra os inimigos. 

O sequestro de um garoto faz com que Batman vá em seu resgate, descobrindo que Crocodilo está armando tudo isso com a intenção de obter um bom dinheiro, obviamente, com o resgate da criança. Em meio à luta, Crocodilo acerta inúmeros golpes no herói que percebe o inimigo mais violento e animalesco do que antes.  Em um intervalo e outro de golpes, o Morcego percebe que aquele tipo de crime não é característica do Crocodilo. Um sequestro requer mais do que força bruta, sequestrar alguém requer muita análise de muitas variáveis. 

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Enquanto essa briga rende golpes de encher os olhos do leitor dos quadrinhos, Mulher-Gato fisga a maleta com o dinheiro do resgate e vai embora. Batman consegue o apoio da polícia em relação ao Crocodilo e segue no encalço da vilã. No balanço entre um prédio e outro nos seus cabos de aço, Mulher-Gato ainda segue na frente de Batman, ele quase a alcança, mas algo corta o cabo do herói e ele despenca de uma altura considerável. 

Múltiplas lesões, um traumatismo craniano em especial, colocam a vida de Bruce Wayne em risco. Um amigo de infância é solicitado. Thomas Elliot, um grande cirurgião. A vida do herói é salva, mas pelo visto ele não se importa muito!

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A busca por algo que ainda não ficou claro durante esse sequestro faz com que uma manipulação em cadeia comece a ser revelada! Era Venenosa parece ser a maior suspeita em manipular Crocodilo para elaborar o sequestro e Mulher-Gato para roubar o dinheiro do resgate. Nessa onda de manipulação de mentes, nem mesmo o Homem de Aço escapa. 

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O segundo nesse colecionável vai tratar justamente da pessoa realmente por trás de toda essa tortura contra o herói. Já que Era Venenosa no primeiro volume é percebida como uma outra marionete. Tanto no primeiro, como no segundo volume nesse encadernados, você tem a aparição de muitos vilões e personagens secundários das narrativas de Batman. Contando Arlequina, Coringa, Comissário Gordon, Alfred e outros mais. 

Considerações Finais. 

Quando as falas são intercaladas pela narrativa do Batman, os balões azuis escuros não dão tanta nitidez às letras pretas, vai dificultar um pouco a leitura em ambientes não muito iluminados. Em relação ao conteúdo propriamente dito, a única coisa que deixa a desejar um pouco é aparte do declínio para a conclusão e revelação do vilão. Há uma confusão de esclarecimentos e você precisa ler com bastante calma, pois você pode acabar encerrando um arco sem nem mesmo entender o motivo do vilão ser quem é. 

A nota para esse arco de 0 a 5, é merecido um 4! Vale para os leitores inciantes de quadrinhos, já que ele contará com grandes nomes na produção e um leque de vilões do herói. Além de um brinde coma interação de Batman e Super Man. 



Daniel Alves


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Diabo da Guarda - Resenha de HQ

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A história de Matthew Murdock tem seus momentos assustadores, traumáticos e quase sempre o coloca numa situação de vida ou morte. ai você pode se perguntar: mas todo herói é assim? Você tem  certo, mas todo herói é cego e sem nenhum parente próximo? 


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Na HQ Demolidor Diabo da Guarda, nós temos uma narrativa contemporânea com uma carga religiosa intensa e revelando um herói cheio de conflitos internos e traumas revelados e postos na cara. Como se não bastasse, a vida de um inocente corre grande perigo. 

O Enredo

Um cara que se veste de demônio e mora num lugar chamado de Cozinha do Inferno você pensaria duas vezes em associá-lo à religião? Polêmico! Pois bem, Murdock enfrente um período em que sua identidade foi quase que revelada pelo Rei do Crime. Aliás, O Rei do Crime sabe o segredo de Murdock, a mídia já suspeita e tenta ligar os pontos entre o advogado que recentemente perdeu tudo, mas consegue aos poucos se reerguer com a ajuda do amigo, também advogado Franklin Nelson Foggy.

Por falar em Foggy, O amigo leal de Murdock, passa por uma situação difícil nessa história. Ao receber um caso de uma cliente que poderia ganhar muito dinheiro nessa transação. Em outra situação, seu colega Matthew sente alguns batimentos cardíacos um tanto quanto acelerados bem distantes de seu escritório, o que ele não sabia era que a poucos metros dali, uma pequena jovem carregava nos braços um bebê recém tirado da maternidade. Tanto a criança como a jovem estavam correndo risco de morte, sendo perseguidas por um grupo de caras estranhos.

O desenrolar da história se dá quando Matthew, recebe em seu escritório a visita dessa jovem que antes estava sendo perseguida. Alegando que a criança era a reencarnação do Messias e que Murdock sendo quem ele era (o Demolidor), deveria proteger a criança dos homens que a queriam mal. Após o trauma de saber que Wilson Fisk tem a informação de sua identidade secreta, agora vem essa moça com um bebê no colo deixando bem claro que também sabe que Matthew não é só advogado. Ele fica com a criança e a moça vai embora.

O caso que seu amigo Nelson Foggy, estava cuidado envolve uma mulher muito charmosa e desamparada, carente de atenção que só Foggy no momento estava dando, como profissional, é claro, até porque ele, além de um advogado sério, é um homem comprometido. A cliente convida-o até sua casa para tratar de detalhes de seu caso na justiça, ela rapidamente o seduz. Foggy resiste e consequentemente a mulher tranforma-se num monstro assustador e tenta matá-lo, mas aquele mostro, por algum motivo salta pela janela da casa térrea e vai parar na rua, morta! A polícia chega ao local, estava muito difícil acreditar que numa cena de crime, uma mulher tenha se transformado em monstro, atacado Nelson e depois ter se matado, jogando-se pela janela.  O advogado é preso.

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Depois de receber uma visita de um senhor muito simpático em seu escritório. Matt tem seu senso de justiça misturado com seu lado religioso já que um bebê é posto no enredo como a própria encarnação do mal pelo senhor de idade em seu escritório. Para não nos estendermos muito e não darmos muitas pistas do que o enredo do quadrinho oferece ao leitor, podemos dizer que, logo após ler A Queda de Murdock e assistido a terceira temporada da série Demolidor disponível na Netflix, você precisa ler urgentemente ler essa HQ. 


Algumas Considerações

Algumas revelações sobre a família do herói, seu relacionamento com Viúva Negra, a morte de pessoas queridas e a aparição de um novo vilão. Tudo isso numa história imperdível do Demônio da Cozinha do Inferno. Garanta esse exemplar na sua coleção!

Daniel Alves




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Resenha - Cidade do Etérios (Livro II)

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O segundo volume do Orfanato da Srta Peregrine para Crianças Peculiares traz mais emoção e uma riqueza de detalhes na narrativa. Capítulos mais extensos e mais aparições de crianças e criaturas peculiares. Para evitar spoilers do primeiro volume, sugiro que leia-o e depois passe a ver nossa resenha sobre o segundo volume. Caso contrário, segue lendo! 

Estética e outras coisas 

A segunda edição lançada pela editora Intrínseca, trouxe leves mudanças que ajudaram bastante, tendo em vista a redução do primeiro nome para O Lar da Srta Peregrine para Crianças Peculiares, tirando a palavra Orfanato e pondo Lar, já que a casa era a verdadeira casa daqueles peculiares. 

Para saber mais sobre o primeiro volume da aventura das crianças peculiares clique aqui.

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Enredo. 

O primeiro volume tem sua trama encerrada com as crianças peculiares sem casa, sem fenda temporal e com a Srta Peregrine presa em forma de ave. A travessia de barco é retomada no começo desse segundo volume, inicialmente na intenção de fugir dos acólitos que estão em seu encalço. Ao chegar numa praia, eles conseguem descansar por pouco tempo, já que um submarino consegue localizá-los, a embarcação de guerra está repleta de acólitos que vem atravessando a parte rasa do mar à passos largos em busca das crianças. Ouve-se também barulhos dentro da mata, que adentra pelo continente, latidos de cães e gritos de pessoas. Os acólitos querem capturá-los a qualquer custo! 

As discussões entre as crianças ainda partem da mesma formação do volume um: Enoch sendo o cara irritante e mal humorado, Jacob e Emma ainda mantém o romance, enquanto as outras crianças, em primeiro momento intercalam essa trama. Eles agora, buscam não só fugir dos acólitos, mas uma forma de reverter a situação da Srta Peregrine que está machucada e presa em forma de falcão. 

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As crianças conseguiram atingir a faixa de areia de forma casual, já que as ondas do mar afundaram seus barcos e os empurraram até a praia. pouca coisa lhes restaram. Um livro de contos peculiares aparentemente inútil e outros pequenos objetos. 

Mais adiante esse livro de contos é crucial na viagem de nossos colegas. Ainda existe o dilema de nosso protagonista que, por algumas vezes, pensa em como o pai pode estar preocupado pelo desaparecimento do filho, já que Jacob está viajando de fendas em fendas temporais e perdeu um pouco da noção do tempo real. A única coisa que lhe prende ao seu tempo é o celular sem sinal que ainda insiste em carregar no bolso. 

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Para a conclusão do enredo a narrativa torna ainda mais tensa e emocionante, fazendo uma transição do passado para o presente, vale ao leitor a persistência em descobrir o que acontece no final desse segundo volume! 

Prós e Contras. 

Partindo da ideia de que o livro tem treze capítulos, nós ficamos com a sensação de quem tem muito mais, por conta da riqueza de detalhes e que o autor coloca ainda mais nesse segundo volume. É interessante destacar a evolução de nosso protagonista, como também a de nossos peculiares secundários: quem diria que abelhas salvariam a todos! 

O que trouxe um desconforto na leitura foi essa extensão em detalhes que o autor propõe. Para leitores iniciantes, essa pode ser uma experiência um tanto quanto desgastante e propícia à procrastinação. Vale lembrar que os que leram o segundo volume já estão habituados a esse ritmo desde o primeiro. 

Ponto-Final

Numa escala de 0 a 5 estrelas, o livro chega na marca de 3. Levando em consideração o que já citei anteriormente e minhas preferências pelo gênero fantástico.   

Daniel Alves








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O Homem de Giz- Resenha do Livro

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Um livro que eu julguei pela capa e que acertei em cheio! Isso mesmo! Eu julgo livros pela capa! Agora me julguem! Para saber um pouco mais sobre essa história tensa que mistura grupo de crianças, adultos traumatizados e corpos esquartejados... segue lendo! 

Um pouco da autora

C.J Tudor estreia com esse romance! Um tapa na cara daqueles que dizem que mulher não sabe escrever, ou no máximo limitam-se aos romances água com açúcar. ENGULAM ESSA! Tudor já recebe forte influência de Stephen King desde criança. (Já viu né?!) Ela já foi redatora, apresentadora de televisão, roteirista de rádio e até cuidadora de cães. Apesar de um livro estreante para a autora, que obra incrível! 

Parte técnica

O romance é classificado como ficção, terror e suspense. Uma capa dura "manchada" de pó de giz torna o livro ainda mais atrativo. Toda a borda das páginas são pretas e as divisórias dos capítulos também. Sendo que as letras dessas páginas pretas são brancas! A editora Intrínseca está de parabéns! A tradução é de Alexandre Raposo. A obra possui 272 páginas e segundo o site da própria editora, foi lançado em 15/3/18. 

O enredo. 

Nós estamos numa cidade pequena que recebe alguns turistas que fogem dos grandes movimentos das áreas urbanas. Procuram visitar prédios antigos e passear pelas ruas. Um pequeno grupo de crianças compostas pelo nosso narrador personagem Eddie e seus amigos apelidados de Mickey Metal, Gav Gordo, David chamado de Hoppo e Nicky. Eddie era chamado de Eddie Mostro e Nicky não tinha apelido porque era menina. 

As "gangue" procura se divertir nas férias de sol escaldante passeando de bicicleta e se encontrando no bosque mais isolado do movimento daquela pequena cidade. Lá eles conversavam coisas de crianças e de como era a vida em casa... Coisas bobas de amigos! A única coisa que faziam juntos era isso. Até mesmo Nicky se enturmava bem com os meninos. Mas o que poderíamos esperar de um grupo de crianças em 1986? 

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Cada personagem vai tomando forma no decorrer da narrativa, Mickey Metal era o irmão mais novo do valentão da cidade, um garoto mais velho que se torna um tormento na vida da gangue e do próprio Eddie. Gav Gordo era o filhinho da mamãe, mimado e com uma condição financeira um pouco melhor do que os demais do grupo. Hoppo não teve tanta sorte, sua mãe sempre passeava de ponta a ponta da cidade com o carro cheio de esfregões e vassouras, trabalhando de faxineira de casa em casa. Eddie tinha uma mãe proprietária de uma clínica de aborto e o pai era escritor, pelo menos tentava ser. Já Nicky era a filha do reverendo da cidade, morava só com o pai e vez ou outra aparecia com manchas roxas pelo corpo que sempre alegava ter batido em um móvel em casa. 

A trama começa a tomar forma quando os amigos criam um código entre eles: cada um tem um pedaço de giz de uma cor específica. Quando a turma precisasse se reunir, um ia na casa do outro e desenhava com o giz de sua cor o símbolo de onde deveriam se encontrar. Um dia todos seguiram a orientação que apareceu fora de suas casas e foram seguindo os homens de giz pelo bosque que sempre se reuniam. No meio da floresta, encontraram um corpo esquartejado! 

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Esse fato muda a infância daquele grupo! Para descobrir como a vida dessas crianças oi abalada e como elas vivem na sua fase adulta, C.j Tudor faz transições nos capítulos de 1986 para 2016, onde poucos dos integrantes da gangue moram na cidade. Eddie está velho, o pai morreu, a mãe mora em outro lugar, mas ele ainda permanece na mesma casa. Os outros não mudaram muita coisa, somente Nicky que não mora mais na cidade. Até que tudo é retomado e a trama em torno desse corpo esquartejado é retomada, querendo saber quem realmente matou a moça no bosque cuja cabeça nunca fora encontrada. Procuram a verdadeira identidade do Homem de Giz! 

Considerações finais

Numa escala de zero a cinco, O Homem de Giz ganha nota cinco pela desenvoltura da trama e a forma como a vida de cada personagem, seja principal ou secundário acaba se interligando de uma forma muito importante. O que me motivou ainda mais a dar uma nota cinco para essa obra é a capacidade da autora mesmo depois de resolver a trama, nos surpreender com a resolução de um detalhe que um leitor mais desatento tenha deixado passar. Fantástico! Leitura rápida e incrível! 

Daniel Alves
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Pílulas Azuis- Resenha HQ

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Poucos leitores de quadrinhos começam com exemplares que não sejam de heróis. Nada contra até então. Agora, se você já é um leitor mais assíduo, convido você a ler esse volume que foge do arco de heróis convencionais e parte para uma temática mais madura e profunda. Segue lendo!

Dois Dedos de Prosa Antes do Enredo. 

Eu gostaria de registrar aqui que essa é uma das primeiras HQs que leio fora desse universo Marvel/DC. Por indicação de uma migo cheguei a ler outros volumes, mas esse foi um dos que mais impactou pela simplicidade do tema e por ter me ensinado bastante. 

Frederick Peeters é um suíço que tanto escreve como desenha essa HQ. Originalmente publicada em 2015 na Europa e distribuída aqui no Brasil pela editora Nemo (já vai na quinta reimpressão). Sigamos com o conteúdo da obra. 

ENREDO

Pílulas Azuis tem uma legião de fãs e de prêmios conquistados. Com uma narrativa simples e permeada de demonstrações de amor e cumplicidade, consegue conquistar os leitores mais maduros e sensíveis ao tema proposto. O próprio Frederik (Fred) está numa festa na casa de um amigo, tem muitos conhecidos e tal. Mas existe uma moça ali chamada Cati que lhe chama atenção não só pela beleza, mas por ser simpática e outras características... 

Eles nunca mais se encontram. Fred é escritor e sempre passeia por aí em busca de inspiração. isso não está escrito nos quadrinhos, mas percebe-se que ele busca essa firmeza no trabalho, estabilidade. Passando próximo a um prédio onde mora um de seus amigos, uma voz feminina chama de uma das janelas. Isso mesmo, Cati está morando no mesmo prédio e convida-o para entrar e beber alguma coisa. 

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Inicialmente, a trama se desenvolve nos encontros e desencontros que avida proporciona para Fred e Cati. A relação de ambos começa a se desenvolver e eles começam a perceber um no outro grandes coisas que admiram. E numa dessas conversas na casa de Fred, Cati se sente desconfortável já que eles estão tão bem, ela precisava compartilhar algo com ele: ela é soropositivo. Cati tem HIV. 

Aquela informação traz uma montanha para cima da cabeça de Fred. Percebendo a importância daquilo ter sido dito, ele demonstra para Cati seus sentimentos ao receber tal informação, mas ao mesmo tempo se sente bem por ela tê-lo escolhido em compartilhar essa informação. 

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A luta de ambos em manter o relacionamento é constante. Já que Cati está no processo de divórcio do ex-marido e seu filhinho bem pequeno também possui HIV. 

Como Frederik Peeters aborda essa temática, fez com que ele ganhasse "O Oscar" dos quadrinhos. Justamente por não tratar do HIV de forma romantizada, como se a vida de um soropositivo fosse a maior maravilha do mundo, porque não é. Porém, o autor mostra que nossos grandes medos são frutos da nossa falta de informação. 

E um diferencial dessa obra, no final, há um espaço reservado onde o autor entrevista os personagens envolvidos em sua obra. Mostrando que Frederik Peeters realmente está dentro da obra Pílulas Azuis. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma história que você precisa realmente levar sua mensagem para o resto da vida! de 0 a 5, certamente essa merece nota 5. 

Daniel Alves








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O Rei do Inverno



Ficha Técnica

Autor: Bernard Cornwell

Título Original: The winter king

Tradutor: Alves Calado

Coleção: As crônicas de Artur

Páginas: 546

Editora: Record

O reino da Britânia está sendo constantemente assolada pelo mal Bárbaro e os (sub) reinos respondem como podem. Umas dessas batalhas o primogênito de Uther, Modred, pereceu e o trono ficou somente com a esperança de seu herdeiro.

A neve cobre os expurgos das guerras de branco, como o tapete que esconde a poeira de uma casa velha. Acompanhando os uivos dos ventos, uma mulher urra cortando a harmonia e a trégua que o inverno traz consigo, ela tentava desesperadamente dar à luz o sucessor do trono e dar ao pai o neto que o filho não pôde conhecer.

Os cristãos rezam com afinco, implorado para seu deus fazer um nascimento seguro para a mãe e o bebê. O rei, Uther, o Pendragon, olha com aflição a agonia da sua nora. Vendo que a mulher não iria resistir, e consequentemente o bebê, decide recorrer aos xamãs de Ynys Wydryn, a fortaleza de Merlin.

O brilho de sua máscara de ouro deixava sua presença ainda mais espectral, Morgana, veio em auxilio do Pendragon e a nora, Norwenna. O rei queria o próprio Merlin, mas o feiticeiro tinha desaparecido há tempos, viajou para lugar nenhum. E quem estava cuidado de Ynys Wydryn, Avalon, era Senhora da Máscara de Ouro.
No livro, Morgana usava uma macara de ouro para esconder seu rosto queimado de um incêndio que matara seus filhos e marido. E Artur era de aparência comum, magro e de aspecto cansado

Para todos ali, o deus cristão tinha falhado com o reino de Britânia. E as forças de Norvenna estavam se esvaindo de seu corpo, tinha começado a delirar. Morgana começou a correr contra o tempo, tinha ordens de salvar primeiramente o bebê, porém a feiticeira de Avalon se recusava a desistir da mãe.

Então Morgana começou o ritual. Primeiro: fogo, mandou que acendessem todas as tochas e lareiras do castelo; e depois, houveram gritos, ordenou que todos começassem a gritar, até Uther. Não se sabe até agora o que aconteceu, mas Morgana e os deuses antigos trouxeram um lindo garoto saudável, porem o garotinho trouxe um pé torto – deficiência que anuncia um mal agouro iminente.

E esse é começo da trilogia “As Crônicas de Artur” de Bernard Cornwell. A trilogia continua com “O inimigo de Deus” e “Excalibur”. Mas vamos ficar só no primeiro volume (já que estou lendo o segundo volume agora).

Sempre me falaram da escrita de Cornwell, mas eu nunca tinha lido nada dele para saber. Me indicaram “crônicas saxônicas”, mas essa serie não tem fim.

Com descrições detalhadas e empolgantes das batalhas, o autor tece uma grande rede de personagens e lugares. É exatamente ao que esse livro se prende, além da trama política, pois basicamente quando tudo estava resolvido Artur vem e faz besteira. Cada personagem tem sua história contextualizada no volume.

Para você que está esperando ver Artur e outros personagens clássicos da mitologia arturiana como protagonistas, sinto te dizer, mas isso não acontece. O protagonismo fica por conta de um personagem fictício, criado pelo próprio Bernard, para contar aquela história clássica.

Derfel (se fala com v e não com f), agora um monge à beira da morte, resgata das suas memórias sua vida como sobrevivente e guerreiro de Artur para entreter e ensinar Igraine, uma adolescente que está com um pé no altar.

Vale aqui contar a história de Derfel.

Nascido saxão, teve sua vila destruída pelos britânicos. Nunca conheceu seu pai e sua mãe foi morta no saque. Um padre cristão estava jogando as crianças em um poço com estacas fincadas, ele queria empalar as crianças. Porém, milagrosamente Derfel saiu do poço sem nenhum arranhão. E jurou encontrar aquele padre que lhe jogou para morte.

Ficou vagando como um fantasma pelas florestas até ser encontrado e adotado por Merlin. E viveu até sua adolescência em Avalon quando os saxões disfarçados como guerreiros de Uther chegaram para a destruição da fortaleza de Merlin. Esse evento foi logo depois do nascimento do rei do inverno, o pequeno Mordred tinha sido levado com um comboio real para a ilha junto da mãe para ficarem em segurança. O bebê conseguiu sair vivo, mas sua mãe foi decapitada assim que os saxões entraram em Avalon.

Depois disso Derfel, antes um adolescente magricela, agora um rapaz feito de músculos e ávido pela batalha, decidiu se tornar guerreiro de Artur e matar cada saxão que encontrasse.

O livro acontece e os personagens clássicos arturianos vão aparecendo como coadjuvantes significativos na história. O autor explica o motivo disso no final do livro, ele diz basicamente que ainda não se encontrou tudo acerca de seus personagens, então teve que se manter “em aberto” e a cada edição que o livro ganha um dado novo é acrescentado no apêndice – final do livro.

Particularmente eu gosto dessa perspectiva em aberto que o autor deixa. Faz com que o leitor fique mais vontade com a imaginação acerca da história de Artur. E ainda mais Derfel que é o personagem elo que uni todos os personagens clássico.

O livro termina com uma espécie com Merlin anunciando uma missão que promete salvar a Britânia e uma vez por todas dos saxões.

A escrita de Cornwell é envolvente e apesar do livro ser um calhamaço de quase 600 páginas, o leitor não se sentir cansado perante a estória.

Além do mais, Cornwell escreve os seus livros baseados em registros históricos. Isso quer dizer que se trata de um romance histórico, as crônicas de Artur é o que se tem de mais perto dos fatos que ocorreram.


Sobre o autor (tirado do site da editora).



Bernard Cornwell, consagrado autor britânico, já teve suas obras traduzidas para mais de 16 idiomas. Seus romances alcançaram rapidamente o topo das listas de mais vendidos em vários países, e milhões de exemplares foram comercializados em todo o mundo. Cornwell nasceu em Londres e foi criado em Essex, por pais adotivos. Trabalhou por dez anos na BBC de Londres antes de se tornar escritor. Em 1979 mudou-se para os Estados Unidos, onde vive até hoje. Não perdeu, porém, o fino humor britânico e a paixão por conflitos militares famosos, que se reflete em sua enorme coleção de mapas antigos.

















O Leitor Burguês


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Novas Imagens de Capitã Marvel Movimentam a Internet


A salvadora do universo Marvel nos cinemas terá sua história contada. Um pouco mais sobre esse filme e as novas imagens reveladas trarão algumas confirmações e novas declarações de Kevin Feige para o longa. Para mais informações, segue lendo! 


Já postamos algumas imagens relacionadas do filme da heroína que mostrava Brie Larson com o ator Jude Law nos estúdios, para mais informações sobre esse post, clica aqui.

O Filme será ambientado nos anos noventa e segundo o chefão da Marvel nos cinemas, Kevin Feige, o longa será uma homenagem aos filmes da época. O próprio Kevin citou Exterminador do Futuro 2 como obra homenageada Ele disse o seguinte: 

"Definitivamente são homenagens aos nossos filmes de ação favoritos dos anos 90”, disse, “aquelas lutas de rua e perseguições de carro. Estou orgulhoso do que estamos fazendo, todo o hype vai valer a pena”

Além das novas imagens, percebemos sua relação com os alienígenas que fazem parte do seu universo, mas qual será a relação dela com o filme Vigadores 4? Essa é a grande interrogação! 

Agora vejam as imagens que movimentaram a internet essa semana e quais teorias podemos tirar de todas elas. O filme estreia em 6 de março de 2019 e no mês seguinte, 26 de abril de 2019. 











Daniel Alves



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(DES)Encanto - Resenha Série Netflix.

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Por ser do mesmo criador de Os Simpsons e Futurama, deveríamos achar que o tom de humor seria o mesmo! Você não está totalmente errado ao pensar isso. Para saber como a série se desenvolve e o que você pode esperar ao assisti-la, segue lendo! 

Uma prévia 

Matt Gorening já provou ( não que precisasse fazer isso) que não é autor de uma obra só. Com Futurama e agora Desencanto, Matt consegue ambientar sua narrativa na idade média evitando, de certa forma, que o espectador compare com suas obras anteriores. 

O enredo 

Princesa Bean já ganha o carisma de muitos jovens adultos na sua crise existencial. O seu cartão de visitas é beber até cair, ser totalmente contra essa ideia de uma mulher submissa em uma sociedade totalmente patriarcal e de casamentos arranjados. Há citações até de que ela vive uma fase muito difícil chamada de "adolescência".  

Seu pai é casado com uma mulher um tanto quanto estranha, com traços de uma réptil. O rei, pai de Bean, tenta refletir seu casamento arranjado para a filha. O casamento com a réptil trouxe a aliança com o povo da esposa e casamento da filha com o filho de um outro rei lhes tratá muita riqueza para a Terra dos Sonhos onde Bean é princesa. 

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Em outro núcleo da narrativa, nós somos apresentados ao povo elfo. Os elfos vivem tipicamente na floresta e felizes. Exceto um. Justamente esse elfo chamado Elfo ( bem fácil de memorizar) não está feliz e resolve sair da Terra do Elfos e seguir em busca de uma aventura. Quando seu caminho cruza com a princesa Bean, percebe que ela está em busca de uma vida que não seja ser princesa tipicamente submissa aos homens tolos de sua vida! 

Agora Bean não está só, na companhia de um Elfo e de Luci, um demônio que constantemente é confundido por um gato falante. O trio se envolve em confusões tentando livrar Bean de um casamento arranjado e na incansável busca de preencher o vazio na vida da princesa deixado pela morte de sua mãe. 

Considerações Finais

uma temporada de dez episódios dessa comédia adulta foi o suficiente para agradar os espectadores e ainda deixar um gancho para uma próxima temporada. O autor mostra que apesar de um protagonista bem desenvolvido, há uma necessidade de ter uma galera com ele. Futurama e Simpsons seguem a mesma receita. Apesar do mesmo autor, não achei que Desencanto foi uma cópia de uma das obras anteriores de Matt, mas sim, uma pegada mais adulta e um enredo com uma abordagem diferente do que ele já fez. 

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Um ponto que vale muito ressaltar é a dublagem. A Netflix vem fazendo um serviço inferior em relação à dublagem de seus filmes e séries. (Meu Deus, que dublagem tosca é aquela de Alias Grace?) Além da animação ser bem dublada, há inserções de expressões brasileiras, sabendo logo de cara que aquilo jamais estaria no original. "As árvores somo nózis", " Demônios, machistas, não passarão!" e "Mamãe passou açúcar em mim" são alguns exemplos. 

No total, podemos dar aí, numa escala de 0 a 5 janelinhas, a série merece um 3, pelo enredo e pela dublagem. O ritmo poderia ser mais intenso já que é uma aventura medieval. 

Daniel Alves
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Livro Caixa de Pássaros - Resenha

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O livro me atraiu logo de cara pelo título e pela indicação de uma amiga que gentil e corajosamente me cedeu um volume para a leitura. O romance Caixa de Pássaros tem uma narrativa ótima e uma divisão de capítulos excelentes para aqueles leitores que precisam de uma leitura mais rápida e dinâmica. Quer um livro de tirar o fôlego? Segue lendo. 

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O autor

Josh Malerman é cantor e compositor da banda High Strung e segundo informações adicionais do próprio livro, ele gosta de escrever ao som de trilhas sonoras de filmes de terror (vai ver o ritmo frenético da narrativa venha daí). É o romance de estreia de Josh e a crítica caiu matando em cima da obra. Mas ainda surgiram os que puderam destacar elementos positivos do livro. 

O Enredo. 

Inicialmente, Malory está se mudando para uma nova vizinhança com a irmã. Para causar boas impressões aos vizinhos, procura evitar conflitos com a irmã logo no descarregar das caixas. Passadas algumas páginas,vou dizer mais uma vez, de uma leitura de frases curtas e objetivas. A irmã de Malory começa a ouvir o noticiário na tevê dizendo que em algum país, uma pessoa surta e mata pessoas próximas e depois se mata. 

Esse tipo de notícia começa ficar frequente nos jornais. A irmã de Malory começa a suspeitar que aquilo não é tão comum, não são atos isolados. Nossa protagonista se mostra desinteressada pelo assunto e se preocupa com outra coisa que poderá mudar sua vida para sempre. As irmãs vão à farmácia comprar um teste de gravidez que dá positivo. Descobrir que está grávida sem mesmo estar namorando com o pai da criança gera apreensão, mas isso não impede de ligarem para os pais que moram em outra cidade para contar a novidade tão impactante. 

A medida que o enredo se desenvolve em fatos do passado como essa notícia da gravidez e o início de um surto onde as pessoas estão enlouquecendo, os capítulos alternam para uma Malory trancada dentro de uma outra casa com duas crianças de quatro anos, um menino e uma menina. Tendo que viver sempre de olhos fechados! Toda essa trama começa a se encaixar na divisão de capítulos. Narrando fatos do passado, como a humanidade foi surtando: casos em que a pessoa surtou no meio da rua, matou quem estava por perto e depois se matou. Como aquilo se espalhou por todo o país (EUA) e as consequências daquilo. Pessoas pararam de ir trabalhar, consequentemente serviços foram cortados, os pais de Malory não atenderam mais o telefone e o último radialista que mantinha a transmissão cometeu suicídio ao vivo. Os fatos no presente mostram esse undo já destruído e sem pessoas ao redor. Nossa protagonista está tendo que cuidar de duas crianças num mundo onde não se pode abrir os olhos. 

A premissa de Caixa de Pássaros é que uma forma alienígena invadiu a Terra e quando as pessoas veem essas criaturas, elas perdem sua sanidade. Com isso, um grupo de pessoas conseguem se reunir numa casa como a que de um retiro. Malory recebe um panfleto e por um motivo muito triste ela vai até essa casa sem a irmã.  É nesse momento que a sobrevivência no mundo caótico começa a se desenvolver, sendo intercaladas por fatos do presente da protagonista criando essas duas crianças e que para não morrerem, saem de casa num barco seguindo a correnteza do rio. 

Os Pontos Fortes

Para leitores iniciantes, como já disse aqui inúmeras vezes, é uma ótima leitura se levarmos em consideração o ritmo da narrativa e como os capítulos são divididos. 

Os Pontos Fracos

Por conta dessa narrativa breve, creio que por ser o primeiro romance de Josh Malerman, ele comete excessos em frases desnecessárias, quebrando muitas vezes o ritmo do que está sendo contado. Há capítulos que são pulados sem muito esforço e o leitor não irá perder nada de interessante, apesar da tensão ser muito bem desenvolvida. 

Outro ponto que deixará o leitor um pouco desconfortável é a fala de apego aos personagens secundários. Tanto que Malory vai gravar na sua mente um dos personagens como o homem inspirador, que a protegeu e cuidou do grupo que antes estivera trancados na mesma casa lutando para sobreviver. Você não consegue sentir isso pelo personagem porque isso não fica claro na construção da história. 

Considerações finais.

Caixa de Pássaros já tem promessa de que ainda neste ano (2018) ganhará uma adaptação de filme produzido originalmente Netflix. Com Sandra Bullock no elenco, a aposta aprece ser bem grande! 

Para esta leitura, numa escala de zero a cinco janelinhas, eu dou 2. Pela narrativa, pela proposta interessante, mas que não foi desenvolvida de uma forma muito positiva. Principalmente num final que me pareceu apressado. 


Daniel Alves. 









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