Abe Cochilando (p. 23) |
RESUMO
O livro tem uma temática
bem envolvente e interessante de viagem no tempo que sinceramente, não
entendo como Ranson Riggs não se perdeu em determinados pontos, romance e
aventura. Jacob Portman, filho de pais que não acreditam em nada além do
trabalho duro e da infalível “Realidade” cresceu escutando as histórias
mirabulosas de seu avô Abraham Portman vulgo Abe e por isso
era ignorado na escola onde seus colegas diziam que ele era louco como seu avô.
Ao chegar em certa idade ele resolve para de acreditar nas histórias da II
Guerra Mundial que Abe lhe contava falando de monstros, crianças peculiares e
um orfanato onde a Srta. Peregrine cuidava dessas crianças no País de Gales,
afastado de tudo e de todos para mantê-los em segurança.
Certo
dia seu avô teve um “surto psicótico” e tal acontecimento, relatado logo no início
da trama, causa um “trauma muito grande”, pois além de ver algo que o deixou
aterrorizado, Abe pede para que Jacob vá para o orfanato antes que seja tarde
demais e isso faz com que Jacob comece a ter pesadelos com coisas que ele sabe
que são reais, mas se nega a acreditar, o que leva seus pais a tomarem uma
atitude um tanto quanto exagerada, ao ver de Jacob: Ir para um psiquiatra! Esse
psiquiatra, Dr. Golan, após várias sessões, aconselha que a melhor maneira de
tentar eliminar esse trauma é deixando Jacob ir até esse orfanato no País de
Gales para que ele conheça essas crianças, que na atual época já devem ser
idosos como Abe, para que ele possa amenizar na sua consciência o fato
ocorrido com seu avô. Depois de muito relutar com seus pais e eles conversarem
com Dr. Golan, o pai de Jacob embarca com ele nessa jornada.
Ao
chegar no País de Gales, após uma longa viagem, de descansarem e conhecer dois
fedelhos que infernizam sua vida, Jacob sai em busca do orfanato, mas ao
encontrar apenas ruínas, ele se frustra por não exatamente o que esperava. Logo ele vê que nada é o que parece ser e descobre um mundo dentro de outro
mundo quando acha um meio de conhecer de fato quem são essas crianças
peculiares tão faladas por seu avô. Dessa forma além de outro mundo ele também
descobre o amor, companheirismo e formas de ver o mundo que ele jamais
imaginaria que fosse possível.
O Reflexo No Lago (p. 109) |
HISTÓRIA POR TRÁS DO LIVRO
O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares é o
primeiro livro de uma trilogia juntamente com o
Contos Peculiares livro muito importante para o desenrolar no segundo
livro da trilogia que nasceu da paixão do autor por fotos snapshots, que
teve início por volta dos seus 11 anos quando sua avó o levava para lojas de
troca de objetos de segunda mão na Flórida, onde o autor cresceu. "Pode
ser muito torturante para um menino de 11 ou 12 anos de idade, mas eu gostava
de encontrar caixas de snapshots (fotos antigas) por lá.", Disse
Riggs.
Snapshots é
popularmente conhecido como fotografias "criadas" espontânea e
rapidamente sem enquadramento e sem nenhum caráter artístico. essas fotos são
consideradas "imperfeitas" amadoras e mal compostas, o que às
transforma ainda mais bizarras.
Certo dia, Riggs em uma de
suas buscas por fotos encontrou a de uma garota que parecia muito com uma
garota que foi seu amor de infância. Ele imediatamente sentiu uma vontade
enorme de comprar tal foto e a colocou na cabeceira da sua cama. Anos mais tarde, eu a levei para fora de casa e olhei
na parte de trás da foto", lembrou
Riggs, "e tinha uma descrição informando que ela tinha morrido aos
15 anos de leucemia. Eu pensei: ‘oh, uau, eu tenho vivido com um
fantasma’".
Foi justamente essa atração
desenfreada por fotos bizarras e antigas que se tornou o ponto de início da sua
inspiração para escrever o romance O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças
Peculiares (2011) que logo se tornou um best-seller tendo seu
enredo inspirado nas dezenas de fotos vintage de sua coleção particular.
Ransom Riggs estima ter visto 10.000 fotos para
escolher as aproximadamente 50 contidas no seu romance de estreia. "Eu
às amo porque elas são belas fotografias de coisas horríveis", disse o
escritor Riggs.
Silhueta Da Srta. Peregrine (p. 58) |
OPINIÃO
A maneira como Riggs explana
toda trama do livro mostra que, com toda certeza, ele trabalhou horas a fio para
não se perder nas várias idas e vindas entre as duas épocas em que Jacob tinha
que mesclar. Sua única “amizade”, um rapaz meio punk, mostra o quanto ele é
antissocial e prefere viver assim, porém com a reviravolta dada logo no
primeiro capítulo do livro vemos o quanto se faz necessário o afago da família, mesmo para as pessoas que se fecham no seu próprio mundo. O que acho
interessante na maneira como Riggs escreve, é que ele consegue ser explicativo e
objetivo ao mesmo tempo, envolvendo o leitor de uma forma que trás empatia para com os personagens, suavizando os momentos de tensão sem perder o
ar de naturalidade com que a história é tratada pelos próprios personagens.
Para aqueles que assistiram ao filme, adaptado da obra, antes de ler o livro, a decepção não é tão grande quanto para os que fizeram o caminho inverso. Além da troca depoderes peculiaridades de alguns personagens, algo que me chamou muito
a atenção foi a crucial importância dada à uma certa peculiaridade que, aparentemente nesse primeiro livro, Riggs deixou passar completamente
despercebido, mas que Tim Burton soube aproveitar significativamente no filme. A
história desse primeiro livro da trilogia é completamente encantadora e com
toda certeza o autor soube abordar bem a temática dos conflitos da adolescência
de Jacob de uma forma a transformar a narrativa em algo natural entre Narrador
e Leitor.
Para aqueles que assistiram ao filme, adaptado da obra, antes de ler o livro, a decepção não é tão grande quanto para os que fizeram o caminho inverso. Além da troca de
A Garota Que Levita (Capa) |
Uma coisa muito interessante de ser notada também é a paixão que o autor tem por fotos um tanto quanto bizarras. Essas fotos são de
arquivos pessoais do próprio autor e de outros colecionadores ao redor do
mundo. Vale ressaltar que todas elas realmente existem... Pode ser que elas não
sejam reais montagens, mas todas foram colocadas nos três
livros da maneira como elas realmente existem. Ao final de cara livro existe um glossário descrevendo cada foto e seu colecionador.
Abaixo deixarei algumas das
imagens contidas no primeiro livro. Se quiser ver todas sugiro ler o livro e se
encantar com esse romance que costuma cativar todos aqueles que amam nostalgia
e tem um certo apresso pelo bizarro sem perder a essência do que é ser humano.
Srta. Peegrine (p. 138) |
Bailarinas Comendo (p. 111) |
Jill E O Pé De Feijão (p. 179) |
A Contorcionista (p. 48) |
Meninas Na Praia (p. 108) |
Caças (p. 129) |
A Cabeça Pintada (p. 17) |
O Menino E Suas Abelhas (p. 110) |
Emma No Escuro (p. 114) |
O Menino Fantasiado De Coelho (p. 84) |
Os Bonecos De Enoch (p.202) |
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