Sobre o Livro
Titulo original: Dune
Autora: Frank Herbert
Paginas: 680
Editora: Aleph
Tradutora: Maria do Carmo Zanini
Para o futuro
de milhares de anos, uma realidade que hoje jamais sonhamos ser possível,
existe o planeta Arrakis, comumente chamado de Duna, onde a família Atreides é
realocada pelo decreto do Imperador, devido a um jogo político. Conhecido como
planeta Deserto, Duna, era governada pela família Harkunnen que agora trocaria
de “casa” com os Atreides, no planeta Caladan.
De um planeta
com florestas e chuva em quase todo tempo para um tempo árido e seco, os Atreides
devem se acostuma com sua nova vida onde o bem mais precioso é a agua. Os Hakunnen
não ficaram feliz com a decisão do Imperador, então logo eles começam a
conspirar contra os novos governantes do Planeta deserto. Sabendo da
conspiração da família rival, Duque Leto (patriarca dos Atreides) alerta sua família
e alguns de seus funcionários.
Primeira versão publicada no Brasil, 1987 |
Seu filho,
Paul, um jovem de quinze anos destinado a ser um Mentat – são jovens treinados
para pensarem como maquinas – recebe uma grande revelação, ainda em Caladan da
Reverenda Madre – chefe da Irmandade Bene Gesserit -, ela revela que Paul
Atreides pode ser um Kwisatz Haderach – uma espécie de “messias” – porém o
jovem deve abdicar de seu futuro como Mentat e passar nos testes da Irmandade
Bene Gesserit.
“ Não terei medo. O medo mata a mente. O medo é a pequena morte que leva a aniquilação total. Enfrentarei o meu medo. Permitirei que passe por cima e através de mim. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu resistirei. “ – Paul sobre os Testes.
Pouco antes
dos Atreides chegarem a Duna, Duque Leto fica sabendo que o planeta é rico em Melange
(especiaria rara no universo da época, equivale ao nosso petróleo).
Duque Leto passa a entender a decisão do Imperador. Que a sua intenção era
justamente ter toda quantidade de Melange que o planeta poderia fornecer, o Imperador
suspeitava que os Hakunnen estavam conspirando contra a corte. E chegou-se à
conclusão de que os Atreides era a família submissa que lhe daria toda
especiaria que pedisse.
O herdeiro do
trono Atreides chega a passar no primeiro e no segundo teste, mas quando vai
para o terceiro, a conspiração dos Hakunnen já está concluída e isso ocasiona na destruição da família de Paul, o seu pai mesmo sabendo dos planos de todos –
dos Hakunnen e do Imperador – se sacrifica para que sua esposa grávida – Lady Jessica
(que foi alvo da desconfiança de alguns membros do clã Atreides) – e seu filho,
herdeiro do Trono e já considerado Kwisatz Haderach, podessem escapar com vida.
“Provavelmente não existe epifania mais terrível do que o instante em que descobrimos que nosso pai é um homem, de carne e osso. ” – Princesa Irulan, sobre frases reunidas de Mua’Dib.
Fugindo do clã
Hakunnen, Paul e Lady Jessica fogem para o deserto, lar da especiaria, dos
vermes e do temíveis Fremem. Os Fremem
são povo que aprenderam a se adaptar a desgraçada realidade de onde vivem, com seus trajes que permitem suportar o deserto e seus olhos com orbitas azuis, aprenderam a ciência dos vermes e os benefícios do Melage. Acontece que só os
vermes sabem onde estão a especiaria, eles são atraídos por pelo Melage e por ruídos
que os andantes fazem no deserto. E os Fremem aprenderam tudo isso. E Paul já
no deserto, vai tentar se tornar um Fremem e o teste de iniciação é logicamente
montar um verme.
Apesar de
sabermos que Paul é o escolhido desde a primeira página do livro, o leitor se
apega a sua trajetória e entendi com o virar das folhas por que ele se tornou o
Messias. Ele viu que as pessoas iriam ama-lo e idolatra-lo, porem no futuro
essas pessoas iriam usar seu nome para matar, roubar, esterilizar e colonizar planetas.
(Aonde já vimos essa história?)
Curiosidade do Livro
Frank Herbert
criou todo um universo ímpar. Quando todo na época se focavam nos robôs e na inteligência
artificial, ele se focou na política e na ecologia do mundo e do universo. É disso
que o livro Duna trata: política e ecologia. Herbert não cita sabres de luz e
nem computadores, mas sim uma trama bem construída contextualizada e cheia de
simbologia.
Herbert depois
do sucesso de seu livro, decidiu expandir o universo construído em Duna, ele
acabou publicando mais cinco livros que dão continuidade a história de Paul
Atreides.
Duna acompanha
vários apêndices explicativos, como a ecologia do planeta e como se formou até
se tornar o deserto que é, a religião de duna, os motivos e os propósitos das Bene
Gesserit e os trechos seletos das casas nobres. Também vem com um dicionário acercas
dos termos usados no livro.
última edição pela Aleph |
O livro é
considerado uma bíblia nerd, assim como a Fundação de Asimov. Foi lançando em 1965 e ganhou vários prêmios,
como o aclamado Hugo em 1966.
Duna também teve
sua adaptação para o cinema em 1984 dirigido por Davyd Lych, com Kyle McLachlan
– sua estreia no cinema. Foi indicado ao Oscar por melhor Som, porém ganhou o prêmio
Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films pelas Categoria Melhor
Figurino e Melhor Filme de Ficção Científica.
A editora Aleph
republicou uma nova edição do clássico, em capa dura e com introdução de Niel
Gaiman -
“ Duna é o melhor dos grandes romances de ficção científica, e o que mais se manteve relevante. ”
“ Duna é o melhor dos grandes romances de ficção científica, e o que mais se manteve relevante. ”
Sobre o autor
Frank Herbert |
Franklin Patrick
Herbert Jr. Nasceu em Tacoma, Washington. Trabalhou nas mais diversas áreas –
operador de câmera de TV, comentarista de rádio, pescador de ostras, instrutor
de sobrevivência na selva, psicólogo, professor de escrita criativa, jornalista
e editor de vários jornais – antes de se tornar escritor em tempo integral. Em 1952,
publicou seu primeiro conto de ficção, “Looking
For Something? ”, na revista Starling
Stories, mas a consagração ocorreu somente em 1965, com a publicação de
Duna. Herbert também escreveu mais de vinte outros títulos, incluindo The Jesus Incident e Destination: Void, antes de falecer em
1986.
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