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Deadpool é a ascensão do que é errado. Será?

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Meus caros leitores, trago aos vossos cérebros a seguinte reflexão: nós estamos perdendo nosso senso de justiça ao ponto de nos apegarmos aos personagens que representam forças do mal, ou a nossa sociedade simplesmente está expandindo sua mente para perceber que o mundo não é só divido entre preto e branco, certo e errado...? 

Um refresco para a memória

Tem alguns anos aí na nossa história que estamos nos apegando mais fácil com a ideia de que um vilão pode ter suas atitudes malignas e cometer suas atrocidades e no fim acabar se redimindo, tornando tudo aquilo que ele fez perdoável. Como numa novela aí que o cara jogou o filho(ou filha) da própria irmã numa caçamba de lixo, no decorrer do enredo passou por preconceito por ser gay e outros fatores o fizeram sofrer horrores. Ao fim da trama, o personagem teve sua remissão de pecados quando passou a cuidar do pai inválido. 

Outros clássicos tanto dos cinemas como dos quadrinhos são Batman e Wolverine que, diferentemente do exemplo anterior, não são vilões, mas não desfrutam de muita piedade com os que comentem delitos. Os dois personagens que são sucesso há anos, rendem sempre incríveis histórias, tanto que se é diferente a crítica cai matando. 

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Wolverine (Marvel) e Batman (Dc)

A diferença do anti-herói para o vilão

A obra cinematográfica, a literatura, a novela ... espalhou-se para todo o lado a temática (que não era novidade até então) de vilões e anti-heróis como protagonistas de uma trama. A tentativa de emplacar Esquadrão Suicida foi justamente para pegar onda nessa vibe. Não foi tão bom assim, por outros motivos. O vilão é o que já temos o hábito de ver, sempre aquela personalidade que tem o papel de complicar a vida do protagonista. Aquele que carrega a irritante missão de tornar a história amais complicada e o seu quase triunfo no clímax nos faz ficar arrepiados, mas quando o desfecho chega, tudo acaba bem! Nem sempre.

O anti-herói faz ali uma função de herói, mas tem o estigma de não se encaixar nos padrões de bom moço. Capitão América e Super-Homem mandam lembranças! personalidades como Gata Negra (Marvel), Mulher Gato (Dc) outros tantos; não são heróis, pois seu senso de justiça não parte só em ajudar ao outro, mas por motivações próprias. Aí onde vem a introdução para o próximo tópico meus amigos. 

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Gata Negra (Marvel) e Mulher Gato (DC)

Por que amar algo que é para ser odiado?  

É aí onde está, amiguinhos! Não estamos mais com essa visão monocromática. A cabeça do século XXI tem que ser capaz de ponderar, parar, pensar em um contexto onde cada situação é construída, cada decisão é tomada, onde e quando cada frase é dita e por quem. nunca precisamos tanto analisar o contexto para poder tomarmos partido em uma discussão. Se pararmos para pensar que Batman não obedece as regras da polícia de Gotan, poderíamos condená-lo como um criminoso, mas se observarmos que ele foi vítima da própria violência de sua cidade e ele tem a capacidade/dinheiro de combater esse crime, se ele escolhesse não o fazer, poderíamos condená-lo como omisso! 

Wolverine se viu, por anos, escondido ou tentando se esconder por causa de sua mutação. O pegaram, fizeram experimentos e em alguns arcos das histórias mataram famílias que ele tentou construir tentando ser um cidadão comum e longe de confusão. Mas ao ver sua espécie (mutantes) sendo massacrada e vítima de um preconceito (como o próprio nome já diz) sem propósito, Logan parte para o derramamento de sangue. Se ele não lutasse em favor da causa mutante, ele seria um traidor! 

O mundo não é preto e branco

Analisando as possibilidades e o contexto que envolvem as pessoas e as decisões que elas tomam, passamos a compreender melhor o porquê de certas decisões serem tomadas. O perigo é tentarmos justificar atitudes erradas com pequenos traços de bondade. Saindo das telas e indo para a realidade, isso se torna muito forte. É o relacionamento abusivo, onde o indivíduo abusado permanece nele por N motivos e um dos tais é porque "o coitadinho" me mate, mas ele se arrepende depois! Não vamos confundir realidade com ficção. E na ficção temos casos de relacionamentos abusivos, agressões, senso de justiça duvidoso e é justamente isso que quero trazer a vocês nesse texto; uma reflexão sobre os personagens que nos apegamos e suas motivações por vezes erradas, mas com propósito nobre ou atitudes erradas que são perdoadas por uma atitude boa que anula tudo de ruim que já foi feito. 

Fica aí a reflexão. 

Sr Stark. 


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