
Um livro que eu julguei pela capa e que acertei em cheio! Isso mesmo! Eu julgo livros pela capa! Agora me julguem! Para saber um pouco mais sobre essa história tensa que mistura grupo de crianças, adultos traumatizados e corpos esquartejados... segue lendo!
Um pouco da autora
C.J Tudor estreia com esse romance! Um tapa na cara daqueles que dizem que mulher não sabe escrever, ou no máximo limitam-se aos romances água com açúcar. ENGULAM ESSA! Tudor já recebe forte influência de Stephen King desde criança. (Já viu né?!) Ela já foi redatora, apresentadora de televisão, roteirista de rádio e até cuidadora de cães. Apesar de um livro estreante para a autora, que obra incrível!
Parte técnica
O romance é classificado como ficção, terror e suspense. Uma capa dura "manchada" de pó de giz torna o livro ainda mais atrativo. Toda a borda das páginas são pretas e as divisórias dos capítulos também. Sendo que as letras dessas páginas pretas são brancas! A editora Intrínseca está de parabéns! A tradução é de Alexandre Raposo. A obra possui 272 páginas e segundo o site da própria editora, foi lançado em 15/3/18.
O enredo.
Nós estamos numa cidade pequena que recebe alguns turistas que fogem dos grandes movimentos das áreas urbanas. Procuram visitar prédios antigos e passear pelas ruas. Um pequeno grupo de crianças compostas pelo nosso narrador personagem Eddie e seus amigos apelidados de Mickey Metal, Gav Gordo, David chamado de Hoppo e Nicky. Eddie era chamado de Eddie Mostro e Nicky não tinha apelido porque era menina.
As "gangue" procura se divertir nas férias de sol escaldante passeando de bicicleta e se encontrando no bosque mais isolado do movimento daquela pequena cidade. Lá eles conversavam coisas de crianças e de como era a vida em casa... Coisas bobas de amigos! A única coisa que faziam juntos era isso. Até mesmo Nicky se enturmava bem com os meninos. Mas o que poderíamos esperar de um grupo de crianças em 1986?

Cada personagem vai tomando forma no decorrer da narrativa, Mickey Metal era o irmão mais novo do valentão da cidade, um garoto mais velho que se torna um tormento na vida da gangue e do próprio Eddie. Gav Gordo era o filhinho da mamãe, mimado e com uma condição financeira um pouco melhor do que os demais do grupo. Hoppo não teve tanta sorte, sua mãe sempre passeava de ponta a ponta da cidade com o carro cheio de esfregões e vassouras, trabalhando de faxineira de casa em casa. Eddie tinha uma mãe proprietária de uma clínica de aborto e o pai era escritor, pelo menos tentava ser. Já Nicky era a filha do reverendo da cidade, morava só com o pai e vez ou outra aparecia com manchas roxas pelo corpo que sempre alegava ter batido em um móvel em casa.
A trama começa a tomar forma quando os amigos criam um código entre eles: cada um tem um pedaço de giz de uma cor específica. Quando a turma precisasse se reunir, um ia na casa do outro e desenhava com o giz de sua cor o símbolo de onde deveriam se encontrar. Um dia todos seguiram a orientação que apareceu fora de suas casas e foram seguindo os homens de giz pelo bosque que sempre se reuniam. No meio da floresta, encontraram um corpo esquartejado!

Esse fato muda a infância daquele grupo! Para descobrir como a vida dessas crianças oi abalada e como elas vivem na sua fase adulta, C.j Tudor faz transições nos capítulos de 1986 para 2016, onde poucos dos integrantes da gangue moram na cidade. Eddie está velho, o pai morreu, a mãe mora em outro lugar, mas ele ainda permanece na mesma casa. Os outros não mudaram muita coisa, somente Nicky que não mora mais na cidade. Até que tudo é retomado e a trama em torno desse corpo esquartejado é retomada, querendo saber quem realmente matou a moça no bosque cuja cabeça nunca fora encontrada. Procuram a verdadeira identidade do Homem de Giz!
Considerações finais
Numa escala de zero a cinco, O Homem de Giz ganha nota cinco pela desenvoltura da trama e a forma como a vida de cada personagem, seja principal ou secundário acaba se interligando de uma forma muito importante. O que me motivou ainda mais a dar uma nota cinco para essa obra é a capacidade da autora mesmo depois de resolver a trama, nos surpreender com a resolução de um detalhe que um leitor mais desatento tenha deixado passar. Fantástico! Leitura rápida e incrível!
Daniel Alves
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